01 julho 2010

Canção da Canção da Lua

O que queres que diga mais?
Já perdemos todas as palavras.
Já marcámos as paredes de nós.
As ruas sussurram os nossos nomes.
Os candeeiros explodem com a nossa luz.
os sinais, o vento, as buzinas.
Só mais uma típica rua da metrópole
coberta de vultos e vozes,
onde eu só distingo o teu timbre.
Cada pedra da calçada portuguesa,
cada átomo do ar mundial,
a pressa de correr para chegar a lado nenhum,
onde não interessa,
onde não queremos estar.

E a rua... será que continua igual?
ou está diferente do que fomos?

Será que vamos passar naquele mesmo sítio sem nos lembrarmos do que nos levou até ali?

Em todas as ruas te encontro,
em todas as tuas te perco.

e agora?

Não quero o futuro, quero o presente que vem depois.


Fez um ano desde a primeira vez que escrevi neste blog e nem me lembrei... é a importância que dou ao tempo, aquele tempo, enquanto a rua está escura.

1 comentário:

  1. Parabéns, então! E que a tua voz (e palavra) nunca se cale!

    Um abraço,

    Samuel Pimenta.

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