31 dezembro 2009

Blame it on the Pop

Eu sabia que tinha que criar um post... Estamos no último dia do ano... Estou sozinho em casa...E não sei se a minha companhia vai chegar algum dia. Acho o último dia do ano é sempre um resumo do ano que passou, por isso, o dia de hoje tem sido deprimente, e se for mesmo um resumo do que passou, então não há esperanças de melhora...

Só para ficar marcado - porque as horas do blogger ficam sempre erradas - são 18.22h (fica aqui marcado a deprimencia deste dia..) . Vou rezar para não estar a editar este post às 23.50h , ou até às 00h...
Espero que 2010 traga qualquer coisa de novo para mim...

Feliz Ano Novo :)

Ok, tenho um Feeling que nada vai mudar. (são meia noite)


28 dezembro 2009

Cronófago

" Filhos com mães, pais com filhas, irmãs lésbicas, amores que não ousam dizer o seu nome, sobrinhos com avós, presos com buracos de fechadura, rainhas com touros laureados. Um filho não nascido ensombra a beleza; nascido, traz dor, divide afectos, aumenta cuidados. É rapaz: o seu crescimento é o declínio do pai, a sua juventude a inveja do pai, o seu amigo inimigo do pai... Que os liga na natureza? Um instante de cio cego. "

Ulysses, James Joyce

Blackout

a minha vida é um constante repeat.
o que eu digo e grito? QUERO MORRER. e não é uma hipérbole... eu odeio hipérboles.

Simples e directo. infelizmente, sentido.

Eu não sou o homem de ferro que pensam que sou, eu não sou capaz de levar com tudo isto.

Eu pensei mesmo que desta vez era diferente, eu pensei mesmo que a escuridão podia estar a desaparecer, eu tive mesmo esperança, por momentos, eu fui mesmo positivo. Eu pensei que o vento mudaria a minha sorte, te sopraria para mim, pensei mesmo que os meus braços serviam para alguma coisa, eu pensava mesmo... que podia pensar.
Não és o meu mal, não és o culpado, não é tua a responsabilidade. Mas sim, eu sei que irias ajudar. Todos pensam que os meus problemas são os nossos e os relacionados contigo...quem dera que fossem. Não é por não seres o grande causador dos meus males que não podes ser o meu grande salvador. E é assim que te vejo. A última luzinha lá no fundo, a brilhar, para mim. Sinto-te a apagar, e a minha energia a desvanecer na escuridão, perdida sem o teu brilho. Eu sei que devia ser positivo, e eu vou ser... amanhã de manhã quando acordar vai ser diferente. Vai ser diferente porque vou dar uma última oportunidade a tudo, e desta vez, derradeiramente. Sem embrulhos ou falsos alarmes. Eu sei o que quero... ver-me livre do que carrego às costas. e Tenho dois planos para isso. O V e o M... não podes mandar no teu peito, tal como eu não mando no meu. Só mandamos nas coisas que vêm de fora. e por isso é que o M é mais provável.
Mesmo que continues a brilhar, tenho medo de te apagar com os meus tremores. de te partir. vejo as nossas taças de champagne a colidirem, a partirem em pedaços... e eu seria o responsável. não quero ser.
amanhã serás a minha última esperança. Quero que sorrias por isso. Quero que penses sempre, que me salvaste, que foi por ti que lutei até onde lutei. A culpa não é nem nunca foi tua. nem minha. há coisas que estão escritas para acontecer, vamos ver o que está escrito para mim. nós.
O meu natal foi uma cópia do ano passado. O meu natal acontece de novo todos os anos. O que é que me daria ânimo para ver o próximo? Eu podia já ter tudo resolvido, e não teria de arrastar mais gente comigo.
Mãe, mais tarde ou mais cedo virás ter comigo. só espero que me consigas perdoar, que me percebas. A culpa não é tua. A culpa é da vida e das coisas que aconteceram. a culpa é minha. eu sei bem que se arrependeram de mim logo que nasci, e as forças tentaram acabar logo com o sofrimento, mas o estúpido do médico chegou na hora errada e no local errado. Se eu tivesse ficado por ali, hoje era a memória do filho que tinhas perdido à 16 anos. Sofrerias no início, agora recordar-me-ias com saudade, mas a dor acabaria por sarar. Agora vai ser mais dificil, mas vai acabar por sarar na mesma. Eu sei que vai. eu quero acreditar que vai.

Desculpa se me arranquei da terra e estraguei todo o trabalho que fizemos...
Para o que quer que isso valha...
Eu Amo-te...
Nem sei bem porque disse isto. talvez seja demasiado forte para se ler. mas... se o escrevi. Já disse em cima que odiava hipérboles, por isso, estou apenas a ser sincero.

Tenho a impressão que não devia ter escrito isto...


[espero que nunca leias isto, mas se leres, desculpa. desculpa pelo que escrevi, e por aquilo que pode ter acontecido já, na altura em que leres. DESCULPA... nunca quis que o mundo sofresse. mas também não aguentava sofrer eu]

27 dezembro 2009

Mad World

e se os pacotes todos um dia romperem?...

será que o vento me leva?

[arrependo-me das escolhas que fiz. e das que continuo a fazer. e de não ir em frente com o plano inicial]

23 dezembro 2009

One day in your life...

Um dia faço-te a folha.
Um dia vou falar menos e ouvir mais.
Um dia apaixono-me pela pessoa certa.
Um dia escrevo o nosso nome numa árvore.
Um dia fazemos amor na praia.
Um dia compenso-te por tudo.
Um dia beijo-te a meio de uma frase...

A nossa história já tem mais dias do que pacotes de açúcar.

[um dia volto a escrever aqui... esse dia foi hoje. Se isso é bom ou mau, não sei...]

28 novembro 2009

Use Somebody

As tuas mãos... O teu toque suave, forte, decidido.
O meu querer.
Os nossos lábios... para sempre.


O poço que desvanece tudo o resto... que suga a pequena réstia de confusão...

Deixamos perdidas na serra as juras de amor que fizemos um dia. Deixamos a mentira que tem esperança de ser verdade. Deixamos o sonho real, e a realidade sonhada. Deixaste a tua frieza para que eu entendesse, eu deixei as lágrimas - que sem sucesso tentava conter - para dizer que tinha percebido.
Deixamos tudo para trás. Mas agora já não importa.

Tudo o que deixamos está a voltar, e desta vez, a Natureza envolvente pode esconder o poço.

[abraça-me agora, por favor. preciso de ti.]

25 novembro 2009

All i want for Christmas

Já quase que é Natal! Já se vê as luzes na rua acesas, as músicas, já se come bolo rei, já anunciam (ainda mais) brinquedos na televisão... É Natal! Viva ao consumismo! Época de alegria... (ah ah ah)

Eu sei que estou estúpido... mas é isso que sou. Não passo de um estúpido, um merdas, que estraga tudo aquilo em que toca, e é incapaz de tocar naquilo que estraga. Um merdas de um cobarde, um fugitivo, que se esconde por entre as fugas para que ninguém ache estranho o seu esconderijo. Sou um mundo, escondido numa galáxia distante e desconhecida. Não quero que me encontrem. Tenho medo que me encontrem, tenho vergonha do que sou.

Eu sou um abismo
coberto de brumas,
com a profundidade inacreditável
de quem não tem medo de cair.

Um pesadelo
que alguém perturbado
um dia sonhou.

Sou a raiva,
que um dia,
alguém sentiu.

Sou as escassas alegrias
que um dia alguém partilhou
e perdeu...

Eu sou um abismo,
coberto de brumas.
Bruma iluminada por
tímidos raios de luz.

Um pequeno e insignificante
buraco negro...
Um grande e envolvente abismo
que transforma quem quer que lá entre.

Eu sou um abismo...
coberto de brumas,
recheado de nada.


Tudo o que pedi para o Natal, foi deixar de o ser... Quero mais luz... mas ela teima em fugir de mim...

eu juro que não queria que fosse assim.

14 novembro 2009

Rain

O meu Verão já não voltou mais. O teu sol já não brilhou mais. O meu coração, continua a chorar... demais.
Mas...
Eu quero chorar, quero chorar até não poder mais, até exteriorizar toda a água existente em mim. Chorar...Chorar até desidratar, ficar completamente seco, quieto, sem sensações. Chorar até fazer com que o meu corpo fique igual à minha alma.

Choro, choro porque gosto e porque quero. Choro as coisas que me fizeram, choro o que sou e desejo ser, choro o que fui e o que sofri... choro por mim e pelos outros. Choro pelo que faço, pelo que vejo e sou. Choro pelo que vivi e pelo que os outros viveram.

Choro tanto, que se estivesse morto, as minhas lágrimas seriam as gotas frescas da chuva.

03 novembro 2009

Quem será, será...

trás, frente, trás, frente

Vai, volta, vai, volta... é sempre assim. É o embalador ritmo que envolve a vida, que nos transporta ao sonho e deixa tudo assim no intermédio, na realidade e no sonho. Tu também és assim. Existes, és real, mas a nossa relação é sonho. E tu vais, fisicamente, mas voltas, e vais, e voltas... no entanto, dentro de mim, desde que vieste, nunca mais voltaste para onde quer que seja que pertenças.

esquerda, direita, esquerda, direita

Andas, de um lado para o outro, no mesmo ritmo paciente a que me habituaste. Sorris, olhas, disfarças, mascaras, tocas e foges. Como quem tem medo. Como quem é culpado. Como quem comete um crime. Não consegue resistir ao pecado. Se é esse o caso, peço-te que não resistas... não quero que resistas, porque o pecado visto daqui parece óptimo de ser cometido.

esquerda passo, direita passo, esquerda passo, direita passo

Avanças, a medo, como que não deseja. Como quem não sente. Agarras suavemente, como quem está a ser levado, quando no fundo, és tu que me levas. Guias-me. Fazes-me sonhar. Este ritmo já me faz ficar confuso. Já confundo o sonho com o real... Será que me agarraste mesmo?

Valsa, valsa, valsa, valsa

De repente, está tudo a rodar à minha volta. Tu estás a minha frente. Com um sorriso sem medos, sem receios ou preocupações. Com o sorriso que eu fixei, no primeiro dia em que o sonho começou. Vem dar voltas comigo. Toma o controlo e puxa-me, para que eu fique de frente para a janela. Vem...

Dás-me o prazer desta dança?
[a dança da minha vida, que eu quero que seja contigo]

11 outubro 2009

FAME

I'm gonna live forever...

Hoje apercebi-me de que a felicidade que agora vivo, pode não durar para sempre como parece. Os meus olhos abriram-se para o mundo terrorífico e espinhoso que abracei fortemente, desde há uns meses para cá. Eu tomei uma decisão, aquela que muitos têm medo de tomar. Eu optei pelo que quero, pelo que SONHO, e não pelo que me deu garantias. Fiz as minhas opções, com base no meu querer. mas isso não é suficiente.

I'm gonna learn how to fly...

E se eu não for bom o suficiente? se o talento que me diagnosticaram quando aceitaram ensinar-me, não se desenvolver ao longo destes anos? se eu for um caso de talento perdido, talento que não desenvolve, fracasso ... ?
E se eu não corresponder às expectativas?
Se esta luta for em vão...?
Se eu não estiver destinado a tornar o sonho realidade...

I feel it coming together...

Tenho medo. De ser mais um fracasso, dos muitos que este mundo tem. Tenho medo de que, no final, os outros tivessem razão quando me chamaram de doido. Tenho sonhos, tenho planos, tenho força, tenho coragem... mas e se isso não for o suficiente?
Diariamente, oiço na escola que só dois, de todos os quarenta a tentar vingar neste mundo, se vão safar. QUEM DIABO SOU EU, PARA CONSEGUIR SER UM DESSES 2?

People will see me and cry...

Sempre fui diferente, mas também nunca quis ser igual. Gosto da diferença, não quero ser mais uma fotocópia do que os outros são. Quero viver por mim, chegar ao céu, e de lá dizer adeus aos que me ajudaram cá em baixo.
QUERO CONQUISTAR OS MEUS SONHOS, por mim. sendo eu próprio. lutando por mim, e pelo que valho. Quero aprender tudo, evoluir a técnica, treinar o talento, criar novos limites de interpretação do mundo, e não só de personagens.

I'm gonna make it to heaven...

Já me disseram que sou óptimo, mas isso também já mo disseram sobre a arte de manipular palavras e formar frases, será isso alguma coisa? Significa que estão apenas a ser simpáticos, ou que eu sou bom em duas artes? Manipulação de emoções, através do corpo no palco, através de gritos e da personificação de loucuras e amores...e Manipulação de emoções, através da movimentação estratégica de palavras, da escrita admiradora do louco e das tentações.

Light up the sky like a flame...


Nunca fui religioso, sempre acreditei que era independente, e que eu decido a minha vida. Sempre quis acreditar que não há ninguém acima de mim, que me corte as barreiras e me indique os caminhos.
Hoje, dei por mim a rezar. Não um "pai nosso" ou uma "avé maria"... mas a rezar, a orar, na verdadeira acepção da palavra. a Rezar AO MEU DEUS, AO MEU SONHO, murmurando o meu texto, rua fora. Pedi para que me aceitasse, pedi para ser capaz.

I'm gonna live forever...

Hoje rezei, sob a forma de um texto de Gil Vicente dito por um Frade, ao meu sonho dificil de concretizar. Não sei bem pelo que pedi, mas sei que me acalmei, que me senti dono do mundo, e que independentemente do que me disserem no futuro, tudo depende de mim. do meu trabalho e esforço. Prometi que iria dar tudo o que tenho, e o que não tenho.
Pedi que me aceitasse, pedi para ser capaz.

Baby remember my name...

If i really got what it takes, it's going to take everything i've got.

27 setembro 2009

Mundo ao contrário .


ao lado da bancada da cerveja, perto dos caixotes, onde está a mulher de casaco vermelho a fumar...

20 setembro 2009

Clair de Lune

O que é que vês quando fechas os olhos?

Será que estás tão possuído pelas brumas que só vês negro? Será que a tua alma está tão poluída por ódio que já não consegues ver com os olhos fechados?
Já não és a pessoa que eu conheci, já não és o desejo contra o qual lutei, já não és o medo que eu ultrapassei, já não és a saudade que eu chorei. não és nada. És corpo, sem espectro. Moves-te friamente por entre a pedra tortuosa deste mundo. Já não és quente, os teus olhos já não têm a felicidade de antigamente, já não vês o mundo que vias. Porquê?
Já não és tu. Mudaste, e eu, permaneci igual. Permaneci estático no nosso sítio, passando ao lado dos anos que voam, conservando-me para ti. Não valeu de nada. Os teus olhos novos já não me olham, apenas me vêem. As tuas mãos novas já não me tocam, apenas me agarram. A tua pele... O que quer que seja que agora tenhas a envolver-te os músculos já não me sente, já não me preenche, nada...
Aprendi que não vale a pena esperar nada dos outros, porque por mais que se possa tentar, o tempo vai sempre passar e levar consigo as memórias da infância.

O que é que eu vejo quando fecho os olhos?
Vejo felicidade, e um desejo de viver que agora já não consigo encontrar. Vejo o abraço e o beijo que outrora explorámos, vejo o palheiro onde desabrochámos, juntos, pela primeira vez.
O que é que vejo quando abro os olhos?
Vejo no espelho alguém que não reconheço. Também já não tenho os mesmos olhos que tinha, já não tenho as mesmas mãos, nem a mesma pele... Nem a mesma idade... Por mais esforços que tenha feito, também mudei. Não sou indiferente ao tempo.

Talvez, continuemos os dois iguais, mas numa igualdade que já não combina. Talvez o tempo tenha alterado as combinações, ou talvez nós tenhamos mudado radicalmente. Não importa. O mundo é uma constante de mudança, o passado dos novos é tão curto como o futuro dos idosos, a ambição de uns equivale à experiência de outros. Talvez o nosso passado também tenha mudado, porque éramos ingénuos e pequenos, e agora, já sabemos minimamente o que é o mundo.
Quando fecho os olhos continuo a ver-nos, como éramos, há alguns anos atrás.

E tu,

Quem é que vês quando fechas os olhos?

16 setembro 2009

Imagine

És o meu amor... assim pudesses tu saber quem és...

Amo-te. Com tanta força quanto aquela como me lembro da memória que deixaste antes de apareceres. Decorei os teus gestos antes de os fazeres. Sei de cor as coisas que um dia me vais dizer. Lembro-me da tua pele suave em que um dia vou tocar, da tua voz de mel que um dia vou ouvir, dos teus pensamentos que um dia vais partilhar comigo. Lembro-me de todas as coisas que faremos juntos. Recordo-me de ti, no meu futuro. Tenho as fotografias ainda não reveladas de ti, na minha vida.

Ainda não apareceste, és o sol que vai dar luz à minha vida, mas ainda não chegaste até mim. Vais ser a minha estrela guia, e o meu chão que não me vai deixar cair para o submundo.

Vais ter tudo de mim, e eu vou ter tudo de ti, um dia. Um dia no futuro, que eu já sei de cor.

Já consegui entender a perfeição do nosso amor, antes mesmo de ele existir. Já sei o que o meu coração vai sentir, antes mesmo de te ver.

Não sei quem és, mas sei o que serás para mim. Nunca vi a tua face, nunca ouvi a tua voz, mas eu sei que gosto delas.

Nunca olhei nos teus olhos, nunca ouvi as tuas mentiras... mas sei que tas perdoarei.

Já sei tudo. A maneira como te vou tocar, como te vou amar, como te vou abraçar, e como vamos ser, um dia.

Amo-te, e amar-te-ei um dia, quando te conhecer. És o sonho de qualquer pessoa, és o mundo que um dia vai estar debaixo da minha asa, protegido pela minha paixão.

[a única coisa que não sei, de todo, é porque é que tudo isto não pode ser verdade...]

13 setembro 2009

The Story

Os teus olhos já não me olham.
Os meus olhos já não te vêem.
És o passado do meu futuro, que chega também a ser presente. És tudo, como sempre foste, e sempre serás. És o mundo que repousava na palma das minhas mãos, és a música que toca em todo o lado, és a paisagem para onde olho, és a razão pela qual sou como sou.
Ensinaste-me que a vida não é eterna, e que o fim pode já ser amanhã. Ensinaste-me a seguir os meus sonhos para vencer o efémero. A ser quem sou, a não fingir, mesmo quando todos o fazem - até tu.

Ainda não te perdoei.

As tuas mãos já não me tocam.
As minhas mãos já não te sentem.
És um sonho que eu perdi, és a infância que me roubaram, és o pedaço de nada das minhas recordações, és a memória vivida e a prova de que um dia eu existi. A tua música continua a tocar através das paredes, a tua voz ainda faz eco nos meus ouvidos, os meus cabelos ainda têm o teu cheiro. Continua tudo igual, as cores continuam no mesmo sítio, a Terra ainda gira em torno do sol, o céu ainda é azul...pelo menos é o que dizem, desde que me deixaste, eu só vejo cinzento...

Ainda não te perdoei.

O teu corpo já não está presente.
Tu já não estás presente.
Fugiste. Foste o maior cobarde. Igual àqueles que sempre criticaste. Deixaste-me sozinho no meio dos zombies. Agora com quem é que vou chorar a ver o Eduardo Mãos-de-Tesoura? Agora com quem é que me vou rir a ver as curtas do grande Chaplin? Agora com quem é que vou ler poemas? Agora com quem é que vou ouvir Evanescence até ouvirmos os gritos da tua mãe? Falando mesmo a sério... já nem consigo ouvir Evanescence. cada música. cada acorde. é uma memória tua solta na minha imaginação, a embater violentamente nos recantos vazios deixados pela ausência de felicidade.
COM QUEM É QUE VOU GRITAR QUANDO NÃO ME CONFORMO COM O MUNDO?
QUEM?

Ainda não te perdoei.

E não sei se algum dia o vou conseguir fazer. Abandonaste-me sem um adeus. Não me deixaste ajudar-te, tentar curar-te. Desistis-te. De ti. De mim. De nós. Desistis-te do que era mais sagrado para mim e para ti. Desistis-te sem hesitar do que nos unia. A desculpa, era que me amavas e não podias... quem é que se importa com o que podes ou não? eu também te amava, e supostamente também não podia. e depois? continuo aqui. Podias também continuar. Podias ter sido uma das pessoas a dizer "Parabéns" quando dei um passo em frente para cumprir o meu sonho. Podias ter sido uma das pessoas a abraçar-me quando as más notícias chegaram. Mas não. Eu era tão importante que decidiste abandonar-me. Eu não consigo fazer o mesmo...

Ainda não te perdoei.
Nunca te vou perdoar.

no entanto, continuas a voar comigo, a tua alma uniu-se à minha. sinto-te comigo sempre... Talvez te tenhas arrependido do que fizeste, mas é tarde demais. E mesmo sentindo-te comigo, estou só. Não te tenho para me aparares as quedas, para me refugiar no teu abraço, para me dares a mão.

AINDA NÃO ME DISSESTE COM QUEM VOU FAZER TUDO O QUE FAZÍAMOS.

Porque tudo o que dizem de que depois de alguém próximo morrer, ficar conosco o espírito e nem sentimos a sua falta, é treta. Talvez fique, isso acredito, porque te sinto aqui. Mas de que é que isso me serve?

Preferia não te sentir, do que sentir-te incompleto.

Estás aí, mas é como se não estivesses...
Os teus olhos já não me olham.
Os meus olhos já não te vêem.
As tuas mãos já não me tocam.
As minhas mãos já não te sentem.

NUNCA TE VOU PERDOAR.

agora, não passas de uma história para eu contar aos netos. Preferia que fosses a alma-gémea para eu colar ao peito.

[amo-te, tão intensamente que sou incapaz de desistir de ti, quando ti próprio desistis-te de nós]

06 setembro 2009

Falling Down

A partir daquela mensagem, só me senti foi cair. Afinal, não era aquilo que eu queria. As viagens no escorrega que terminou eram brutas e violentas, as voltas tenebrosas metiam-me em pânico. Já não quero mais disto. Já não sei o que quero. é como sempre pensei. as coisas que acontecem, deixam rapidamente de ser algo que desejamos. mas eu desejo-te. ou não?
Quero sair daqui, quero o calor da minha casa. Ou o calor do teu sofá por baixo do nosso abraço? o teu calor junto com o meu, formando o calor de um verão em que a maior parte dos dias foi de frio. quero-te.
O telefone toca, és tu. Não o tu que me mandou a mensagem que eu esperava. Mas o tu, que não me disse nada o dia todo, o tu que diz que me ama. A conversa corre mal. Tu estás a chorar mas eu não consigo. a Metade do dia que supostamente seria perfeito está estragada. Porque é que não me custa ouvir e concordar contigo? Porque é que não me custa quando decidimos mútuamente que é melhor acabar? há momentos, mas só mesmo por momentos, pensei que te amava. Para onde foi esse amor? Tenho tanto amor para dar e ninguém para o receber, só querem o pau, mas eu, não sou nenhuma vassoura. Talvez seja um bocadinho, mas sou Villeda. (h)
Acabou-se tudo, só agora, horas depois, é que percebi isto. Esta semana foi intensa, e claro que vou sentir a tua falta, mas é melhor assim. Sinto-me estranho, não porque acabamos, mas porque sinto que tenho amor a mais. A sair pelas entranhas do meu corpo. Espirro amor, respiro amor. Muito amor. Amor demais, que lamechas.

O amor é fogo que arde sem se ver. eu, morri queimado, mas toda a gente viu o meu corpo a ficar cinza. - será que isso significa que não te amo?

Uprising

Acordei com um pressentimento positivo, sentia o ar a entrar para os pulmões mais suavemente e o cheiro doce do amanhecer a penetrar-me pelas narinas. A voz saía-me limpa, como se tivesse injectado perpétuas roxas na sua mais pura forma para as cordas vocais. Adoro sentir-me assim, parece que nada, nem ninguém, me pode afectar. Sou deus, senhor dos meus sonhos e desilusões, faço malabarismos com vidas perdidas e destroçadas, junto laços separados que um dia pediram para ser eternos, desamarro fios de prumo presos pelo tempo, mudo o mundo com o meu piscar de olhos - mesmo que seja só na minha mente.
Levanto-me, e nada me dói, estou pronto para correr no tempo, escalar o destino, fazer bungee jumping até sentir a morte na ponta do nariz e depois ser de novo puxado para a vida pelo destender do elástico. Sinto-me capaz de enfrentar tudo o que vier, e o que não vier também. Tenho a força do mundo no meu peito e o infinito do Universo nas minhas mãos.
Sento-me no carro e nem o sinto andar, na janela vão saltando quadros pintados por uma criança de cinco anos aborrecida - até podia ser eu, se não estivessem tão bonitos. Chego à entrada de um parque, daqueles de diversões aquáticas. É divertido, vai ser giro, o dia promete. Penso eu...

Ainda é relativamente cedo, o relógio bate só agora o meio dia. Já houve dias em que acordou às 14h. Ainda não é tarde para o meu pressentimento estar certo. Para me distrair, vou ver se escorrego, pela água. Os escorregas são rápidos, fazem esquecer tudo. Atiro-me sem medos, inclinando-me o máximo que posso. Fecho os olhos e só sinto o vento a percorrer-me o corpo. Enroladas no vento vêm as tuas mãos para me acariciar e protejer, como se eu fosse um bebé. a velocidade aumenta, estou a rodopiar no escorrega, a liberdade atingiu o limite e julgo-me capaz de tudo. Está quase no fim. Sei que dentro de pouco vou ficar sem escorrega, vou cair bruscamente na fresca água, mas não me assusto, pelo contrário, fico ainda mais excitado, enquanto a velocidade aumenta ainda mais - mesmo parecendo impossível.
WOOOOOOOOOW. Splash.
gritei, caí na água. Vi tudo num só momento e um só momento englobou tudo numa só vivência.
Quero escorregar mais, é assim que vou esquecer e passar as próximas horas. Quando voltar a olhar para o telemóvel, que se tornou tão indispensável, vou ter a mensagem pela qual tanto espero.
O medo. O pânico. A tristeza. A obscuridade. A obecessão. A mentira. Os problemas. O amor. Ficou tudo pelo caminho. No interminável escorrega com fim, eterno até à ponta, para sempre que acaba num instante.

Estou com água a escorrer pelos cabelos, tenho os calções de banho molhados, eu estou molhado - e não é no sentido propriamente agradável da palavra.
Atiro-me - para a toalha - embato bruscamente na relva, e parece que as costelas partem, mas mesmo essa dor enorme se transforma em borboletas a voar, em paz. O telemóvel já veio para a minha mão. Já o pego tão automaticamente que nem dou por ele, já escrevo sem dar por isso, já vi que não tenho mensagem nenhuma, mas, não sei se sem querer ou por querer esconder a desilusão, finjo que ainda não vi. olho para o ecrã... nada - tal como eu já sabia. A realidade é que já sabia que não ia haver mensagem nenhuma, mas continuo com fé no impossível. A Impossibilidade de certas coisas acontecerem é que faz com que as pessoas as desejem.

O dia perfeito está a sofrer uma reviravolta, só dou por mim a sentir o telemovel vibrar e nunca é a mensagem esperada. Até que... sinto uma vibração especial.

"BOM DIA :D" - leio.

Estou confuso, já não sei o que vai na tua cabeça.
AFINAL... o que queres de mim?

mesmo sem saber, so porque existiu aquela vibração no telemóvel, o meu dia voltou a estar solarengo e o meu pressentimento, certo.

22 agosto 2009

I'll be there for you

'queres convites para o tamariz?'
acho que foi a primeira coisa que te disse. acho que nem olá, nem tudo bem. fui directo e conciso. Ainda bem que fiz essa pergunta, ainda bem que me adicionaste para que eu pudesse fazer essa pergunta.
Um dia disseram-me que conhecemos as pessoas mais importantes quando menos estamos à espera, sem planos, sem stresses. Elas aparecem, marcam, ficam. Tu ficaste. Estás bem aqui dentro, porque me conheceste num momento mau e em vez de fugires a sete pés de mim, apoiaste-me e deste-me força ao longo dessa fase. É isso que faz de ti tão especial. Isso e o facto de termos tanto em comum. Conheço-te à 2 meses, mas parece que já passou tanto tempo. Sinto que passei uma vida a teu lado, e quero passar muitas mais. Sinto uma necessidade enorme de te contar tudo o que se passa na minha vida, e quero saber tudo o que se passa na tua. Quero ajudar-te a seguir em frente, quero ajudar-te a não sofrer. Quero crescer contigo, e que tu cresças comigo.
Um dia vou dar-te a mão e levantar-te quando te vir no chão, como forma de agradecimento por teres feito o mesmo comigo. Vou explorar mundos que antes não conhecia, porque ensinas-me o que sabes e eu aprendo. E eu ensino-te o que sei, para que aprendas também. És uma peça, grande e importante, do puzzle que é a minha alma. Faças o que fizeres, quer queiras quer não, já fazes parte de mim, e um pedaço de mim também já reside em ti. É essa a sensação de ter bons amigos de verdade. Faltam-me as palavras para agradecer tudo. És tanto, em tão pouco, que nem sei como te explicar o que és e como te tornaste nisso. Nem eu sei. Só sei que és, e quero que sejas, a minha BEST :D

'as tuas asas são as minhas e as minhas as tuas

O MEU OMBRO É SEMPRE O TEU OMBRO *'

adoro-te (L)

06 agosto 2009

Stairway to Heaven / Highway to Hell

podia ser dirigido para onde quer que fosse, qualquer direcção me levaria, agora, ao caminho da tristeza.
Não sei o que fazer nem o que pensar. O que sentir. Se te hei de amar. mas mesmo com dúvidas, amo-te. amo-te com a intensidade toda que consigo juntar em mim, e mais ainda, amo-te com a intensidade intensiva de que te amo mesmo, e de que não te estou a enganar. Isso eu sei. São coisas que tomo como certas. É o tamanho absurdamente enorme do meu amor por ti. Se o mereces, ou gostas de o receber, já não sei.
Também não sei o que me faz amar-te e perdoar-te, coisa atrás de coisa, que me vais fazendo. não sei o que me faz rir ou chorar. Agora estou apático, e nada me faz nada.
Sou um pedaço do nada que deixo para trás, um pedaço enorme de um nadinha de pedaços que nada, que em nada me deixaram a nadar. é isso que sou. não passo de um simples jogo de palavras para ludibriar o mundo.

Não sinto.
Não sofro.
Não amo.

No entanto, o meu coração aperta-se com sensações. Choro de sofrimento. O meu estômago dá voltas por te amar.

todos esperam que seja o forte, que aguente tudo sem ir abaixo, mas não aguento. no fundo não aguento nada, tudo me destrói.

vou a caminho no paraíso, e recebo uma chamada de urgência do inferno. Fico algures entre os dois. a chorar a tua partida, e a celebrar o teu regresso. Numa linha de espaço e tempo que se quebrou. Onde começas o que um dia acabaste. Onde a tua eternidade não passaram de umas semanas.

Afinal, não estavas interessado em amar-me. Só querias era uma refeição.

03 agosto 2009

Demolition Lovers

Tenho duas moscas a fazer sexo no monitor do meu computador.

My Way

Perco o meu tempo a divagar sobre questões que pouco importam na minha vida, enquanto deveria estar a festejar um sonho concretizado, ou a chorar uma perda indesejada. Mas não. nada disso me afecta. O que me tem afectado ultimamente é o destino... Será que eu estou destinado a escrever este post, a esta hora? Será que posso deixá-lo para amanhã? mas... se o deixar para amanhã, foi por minha vontade, ou porque já estava escrito que eu ia deixa-lo para amanhã? existe livre-arbítrio? ou somos todos controlados e a nossa vida planeada ao pormenor? se eu tivesse escrito detalhe em vez de pormenor, faria alguma diferença no mundo?

Agora lembrei-me do filme, Teoria do Caos, que vi dia 12 ou assim... Será que a mudança de uma coisa mínima pode levar a vida a uma proporção tão diferente? será que pode realmente mudá-la?

Até agora foram só perguntas, e não esperem respostas, porque se alguém as tiver eu peço. E até devem valer algum dinheiro, porque estás são apenas as perguntas mais feitas do universo... oh, vou deixar-me disto. ou não... não sei... era tão bom de eu pudesse ler ao que é que estou destinado.

Os revolucionários, os que se dizem alternativos e livres... será que o são? Se uma revolução já estava escrita, será que continua a ser assim tão revolucionária? ou.. o alternativismo, e o dizer que somos livres. então? sou livre porque estou na praia às três da manhã, ena que maluco, e daqui a nada vou à água. Que liberdade! Sim, até soa a livre, mas... e se já alguém escrever exactamente que ias fazer isso há milhões de anos atrás?

MERDA

desculpem, estava destinado. ou foi só porque quis? ou quis porque estava destinado a querer? Ou quis estar destinado a querer?

Acho que já chega de post. Tenho sono, não escrevo nada que se aproveite e o mais provável é não o publicar! Mas, será que posso? Se não fosse para o publicar, qual era a lógica de estar para aqui a escrever? será que estava destinado eu carregar no teclado do portátil? olhar para o ecran?
Será que escrever é um impulso? ou está escrito em algum lado que tenho impulsos de escrita?
Começo a ver-me como uma personagem... será que as minhas falas já foram escritas? será que a minha vida já foi decidida? será que o mundo tem um guião?

Não sei nenhuma resposta às perguntas que coloquei. se não gostarem, mudem de site. E se estiverem destinados a ler os desabafos de um vagabundo sem interesse como eu? bom, nesse caso, queixem-se a quem escreveu o vosso destino. na minha opinião, é o mesmo que dizer, queixem-se a vocês mesmos pelas opções que tomaram.

Acho que já chega por hoje, vou dar isto por terminado... mas e se estiver destinado a escrever mais? O que posso fazer? E se eu terminar por aqui e estiver escrito que deveria ter mais linhas, o que pode mudar no mundo?...
Não sei. FODASSE - impulso ou destino?

não me interessa. vou continuar a viver, sem me preocupar com isso, se estiver destinado logo verei o que me reservaram... se não, logo verei o que as minhas opções me trazem. Seja como for, vou continuar a viver à minha maneira, sem querer saber do que dizem de mim, esteja isso destinado ou não. Vou continuar com o meu alternativismo, psicadelismo e progressivismo, a escrever a minha vida anormal, ou a viver a vida doentia e degradante que já alguém ao tempo escreveu, para ser a minha suposta normalidade.

No fim, morremos todos, o que importa se vivemos à Sinatra ou não? Só muda o pronome. I did it my way... I did it his way...

31 julho 2009

Falling away with you .

hoje lembrei-me de ti...
lembrei-me em como contavas os meses com tanta assiduidade e deserradamente. em como davas toda a atenção do mundo ao mais pequeno pormenor. Tudo te suscitava curiosidade. lembrei-me, também, de como falaste comigo a primeira vez. Como sorriste. como disseste o meu nome. a maneira como me deste uma palmada no ombro e levaste o copo. o copo. cheio até meio, vazio até outro meio, com o líquido verde. meu verdinho ...

hoje... lembrei-me de ti.
lembrei-me de como eras. do cheiro do teu cabelo pela manhã. do pequeno almoço na tua casa. do cheiro das panquecas que deixaste queimar no primeiro dia dos nossos dias verdes. da maneira como me ligaste a meio da aula e disseste 'zimbora lá', e fomos com destino a lado nenhum com 'Leave out all the rest' a dar no rádio. E lembrei-me da maneira como deixei tudo voar pelo tejadilho aberto do Opel Tigra, e deixei pedaços do 'all the rest' da minha vida pelo caminho. Queria que tu fosses o meu 'all the rest' e não te queria 'leave out'. Nunca.

hoje lembrei-me... de ti.
dos beijinhos para me acordar. das tuas mãos quentes por baixo dos cobertores. do hálito fresco a entrar para dentro de mim. de dormir enrolado pelos teus braços. de dizeres 'boa noite, meu sonho perfeito' no meu ouvido. de me levares a conhecer o meu país enquanto entrava no teu mundo. da casa de família que juravas um dia me ir pertencer. das tuas mãos apertarem as minhas com tanta força quando revelavas o medo de me perder.

hoje lembrei-me de... ti.
dos desacontecimentos que levaram ao cruzar dos nossos olhares. da passagem de ano em que nem uma palavra me dirigiste, embora me tenhas mirado a noite inteira. do carnaval em que finalmente desmascaraste essa tua fantasia. o carnaval. o carnaval em que os meus lábios tocaram os teus conjugando a perfeição do mundo num só momento. de quando deixei o sonho de qualquer ser humano para sair daquela gruta contigo e enrolei as minhas mãos nas tuas, a ver o sol nascer à beira mar.

hoje lembrei-me de ti...

Desesqueci-me de como te amei. Desaprendi de como te esqueci. Irrecordei todos os momentos que passamos. Viajei ao nosso despassado, para perceber que nunca iria existir futuro. O vestido branco continua a atormentar-me.
Viajei, recordei, chorei... para chegar à conclusão que, agora, depois deste tempo, finalmente, te desamo.

Amei-te, Desamo-te, Desredesamarei .

Como disse Mia Couto : 'o amor acontece para a gente desacontecer'

eu desaconteci contigo, mas agora, voltei a acontecer, com mais força que nunca.

Depois de tudo, lembrei-me de ti. Lembrei-me de um momento em que dizia que te ia amar até à eternidade. Hoje, tive a certeza de que essa eternidade chegou.

Depois de tudo, deslizam por entre os dedos da mesma mão que outrora segurou tudo, os últimos pedaços de nada que restaram da cor da esperança.

Desfazes parte do meu desfuturo.

30 julho 2009

Wake me up when September ends...

acordem-me. parece que adormeci durante as duas semanas que passaram. ou se não estava a dormir, acordem-me na mesma. Estou a viver um pesadelo. E se não posso acordar dele, quero adormecer para sempre, deixar de sonhar ...

13 julho 2009

United States of Eurasia

Dou por mim a olhar para o temporizador no site dos MUSE, que neste momento marca 7 horas. É estranho, não o sei o que vai acontecer quando chegar ao 0, mas de certo modo, para mim, significa mais que uma música, um site novo, ou qualquer novidade. Para mim é como se fosse uma nova vida, uma mudança na minha. Tenho medo. Desde há uns dias para cá que tudo se tem vindo a compor de uma maneira, a minha vida está, automaticamente, a compor-se para algo que desconheço. Mas sinto-o. Sinto que isto tem sido uma espécie de preparação, uma intro do que aí está para vir. Como se os laços desapertados da história de desencantar que é a minha vida se estivessem a emaranhar, e agora vem o toque final para os deixar bem presos. Mas será que vem o laço que tanto faz falta, ou a Tesoura para cortar todos os laços criados até agora...? Ou então, a minha obsessão por MUSE está a atingir níveis mais doentios do que eu pensava e agora só porque decidem colocar um temporizador no site, eu penso que vai acontecer algo comigo... Mas não sei, sinto cá dentro que amanhã vai ser um dia daqueles em que não devia ter saído da cama, ou então, em que não me vou querer deitar nunca mais!
Conclusão depois deste paleio todo:
Caso a situação 1 se verifique, acontece algo bom.
Caso a situação 2 se verifique, acontece algo mau.
Caso a situação 3 se verifique, estou louco e sou doentio.

Em qualquer dos casos, acho melhor arranjar um médico, porque o que é certo é que este post não é normal...

09 julho 2009

Tick Tick Boom!

Sinto que a bomba vai explodir a qualquer momento e eu não quero pensar nas consequências. Mas o ritmado 'Tick Tick' traz-me de volta à realidade. Eu não quero que tudo mude tão radicalmente, mas a verdade é que a minha vida precisa mesmo de uma colisão que lhe crie estrelas. Tenho medo do que irá acontecer depois do último 'Tick'. Eu quero uma mudança, mas para melhor. Não sei o que vai acontecer, não sei se vai acontecer. Só sei que não interessa nada o que eu quero ou acho. O temporizador está ligado, a cada 'Tick' uma gota de suor escorre pela minha face que fica mais gélida a cada segundo que passa. 'Tick' - confundo com o ponteiro dos segundos que anda sem parar.
'Tick Tick...' - estou a dar em doido.
'Tick Tick... NÃO NÃO QUEROOO, AGORA QUE ESTÁ TUDO MELHOR, POR FAVOR NÃO! PORQUE É QUE ME ESTRAGAS SEMPRE A VIDA..BOOM!'

03 julho 2009

A Certain Romance

ah, eu sei... também ainda não percebi o que se passa comigo. Que titulo é este? Romance?! Amor?! não me estou a reconhecer - e é que não estou MESMO!
O sentimento mais falado por todos, que até já é confundido com outros sentimentos mais doentios. Um sentimento que está deturpado de tal maneira que quase já nem chega a ser o que realmente é. O amor... o sentimento mais falado, aguardado, famoso, supostamente perfeito, temido e, sem dúvida... sentido. O que é o amor? - e não, não vão encontrar a resposta a esta pergunta neste texto, porque não existe uma resposta correcta, cada um o sente à sua maneira. No máximo, depois de lerem isto, ficam mais confusos do que no princípio estavam. MAS O QUE É QUE ME DEU PARA FALAR DE AMOR? várias coisas. o facto de ter visto com os meus próprios olhos que pode resultar, o facto de ter passado a ver as relações como algo que pode ser positivo - e não uma espécie de cabra que só quer dinheiro junto com um cabrão que lhe mete os cornos (isso era a generalidade dos casais para mim...e desculpem a rudez e conseguinte má educação).
Mas sim, a minha perspectiva de amor mudou. Não sei ao certo porquê, mas vários factores devem ter contribuído para isso. Apenas sei que mudou, e isso chega-me.
O sentimento é necessário, sei isso agora. Temos uma necessidade de relações sentimentais, de relações 'interiores'. A nossa alma tem necessidade de se ligar a outra e formar o chamado casal. Sim, é uma necessidade. Além da necessidade fisíca, da atracção sexual e carnal, existe uma atracção sentimental. E nós precisamos dela, talvez até mais que dá física. Nunca lhe liguei muito, nunca fui muito pessoa de sentimentos. Dizia que gostava porque aquela pessoa me saltava mais à vista, ou por qualquer razão, mas acho que nunca senti o chamado amor. Não me lembro de estar apaixonado... quer dizer, quase estive, mas não completamente.
O que todos dizem, e até me lembro de uma música que o diz "o amor traz-nos mais dor que prazer"... não concordo. Ontem concordaria, mas hoje, hoje já não.
Eu vi, de perto, um caso que me provou que o amor compensa. Presenciei, de perto, um amigo que perdeu quase um ano da sua vida atrás da pessoa que amava, sem que essa lhe desse atenção. Já para o fim desse "ano" ela começou a dar-lhe atenção. e cada vez mais. e quando não estavam juntos, falavam ao telemóvel ou de qualquer outro jeito. tinham que estar em contacto. Por fim, o sofrimento que ele passou durante todo o ano compensou, e agora eles estão juntos. Eu disse que ele PERDEU um ano?! talvez tenha perdido, mas recuperou-o todo na mais maravilhosa semana da vida dele (pelo menos nunca o vi tão feliz). Acho que foi uma das coisas que me fez mudar de opinião. É certo que o amor faz sofrer, isso ninguém pode discutir. E é certo que o amor não é para todos, é para os mais determinados. E é impossível fingir um amor, porque o amor traz muito sofrimento, só depois de muito sofrer é que chega a felicidade. E sim, o amor compensa! Compensa e muito, se tivermos força, determinação e amar-mos realmente a pessoa, isso vai ajudar-nos a passar o período de sofrimento e a atingir a verdadeira essência da coisa. É isso que é o amor. É sofrer e não desistir. O que também serve muito na vida profissional, não só nas relações. Por isso, agora sei, quem não ama não vai aprender tudo sobre a vida. E como eu quero viver tudo ao máximo, agora vou permitir a mim mesmo atirar-me cegamente no amor - como o meu amigo fez. - Deixar que a outra pessoa não me dê atenção, sofrer com isso, e mesmo assim ficar ainda mais apaixonado. No fim, posso aperceber-me de que vivi um conto de fadas.
É como dizem, ' depois da tempestade, vem a bonança! '. Está comprovado.
O amor está em todo o lado, mesmo nos sítios em que à primeira vista não se repara, existe um 'certo romance' .

P.S - OBRIGADO A VOCÊS, SABEM QUEM SÃO. Desejo as maiores felicidades (L)

28 junho 2009

My Immortal

" 16/01/05

Amo-te, e agora é certo. Eu sei que é... nunca estive tão certo de nada na minha vida como estou agora. Uma certeza adulta, tão crescida que ultrapassa os meus míseros onze anos. Agora posso escrever 'amo-te', mas continuo sem to poder dizer cara-a-cara.
Alex. "


" 17/01/05

Já tenho a certeza do que tenho de fazer. Não aguento viver a amar-te sem que me ames também. Também sei que nunca me vais amar, nem o meu amor por ti acabar. Pode parecer parvo, mas é sentido... a minha parvoíce não é novidade a ninguém. Pelo menos a ti não é, porque me conheces.
Vou sempre estar aqui para ti. Vou estar aqui quando caíres. Vou estar aqui quando tiveres uma negativa. Vou estar aqui quando chorares. Vou estar aqui quando precisares.
Oiço a chuva pela janela... nunca gostei tanto do seu som, nunca gostei tanto de chuva... Por vezes, corro à chuva, brinco nas poças e sei que aquilo me faz rir, pode parecer indiferente, mas faz-me feliz. E constipado, uns dias a seguir! O meu único desejo é que se sinta a chuva no céu, para poder sentir as gotas frescas no meu corpo. Nem que seja só uma ou duas gotas, para molhar as asas e voar mais longe. Só uma pequena e inofensiva gota, para, num ínfimo momento estarmos em sintonia, e eu poder sentir o mesmo que tu. Mesmo estando longe de ti, vai fazer-me acreditar que estás ao meu lado.
Vou sempre estar aqui para ti. No dia em que descobrires que o mundo não é perfeito. Vou estar aqui quando cresceres. Vou estar aqui quando fizeres asneiras. Sempre. No dia em que acordares e descobrires que morri, eu vou estar a teu lado para te apanhar as lágrimas.
Amo-te, melhor amigo. parceiro do baloiço. minha vida.
Alex. "



Alexandre, mesmo em mundos separados. Mesmo estando fora do meu alcance, eu estou contigo. Hoje e sempre. Porque nunca nos limitamos pelo que era normal, sempre exploramos por onde nunca ninguém tinha tentado. O facto de estarmos em mundos diferentes não nos afastou, nem um pouco. É preciso muito mais que isso para nos derrubar.

"'Cause your presence still lingers here, and it won't leave me alone"
amo-te

25 junho 2009

Unintended

Sou um incompreendido, mas ao mesmo tempo incompreensível. Não compreendo a vida, nem ela me compreende a mim. É-me difícil perceber o porquê de tudo ser tão duro e complicado. Não consigo entender, talvez nunca o vá conseguir...
Porque é que a vida nos tira as pessoas mais importantes? Logo nos piores momentos. Ou pior que isso, nos dá um prazo para estarmos com a pessoa. Uma espécie de prazo de validade, e se não aproveitarmos bem o tempo, quando chegar o dia, não obtemos outra oportunidade. A vida é cruel, ainda mais cruel que a morte.
Porque é que nos vais abandonar assim? Porque é que tem de ser? Pior do que sermos surpreendidos com uma partida, é saber dessa partida seis meses antes. Toda a antecipação traz o triplo da dor. Não quero que vás, nunca. Não estou preparado para te deixar ir. Por mais crescido que esteja, quero perder-me nos teus braços e sentir-me a criança que outrora fui, quero tocar-te na careca e fingir que fiz um feitiço para te crescer o cabelo, quero passear contigo e largar-me da tua mão protectora para correr na tua frente. Para isto, preciso de ti. Fazes parte da minha vida, marcaste essencialmente a minha infância... e eu não estou preparado para a deixar voar.
Não quero que vás. Deixem-no ficar, por mim, pela criança dentro de mim, pelo meu riso...

amo-te.

[se perguntarem por mim, digam que me perdi nas recordações, mais apetecíveis que o presente]