19 janeiro 2011

Satisfaction

É impossível, eu já sei. Sim, eu sei. Posso andar sempre na lua enquanto piso a terra, posso ser a personificação da distracção. Mas eu já sei. Já sei que nunca estou satisfeito, independentemente do que aconteça, nunca estou satisfeito.

Nestes dezassete anos, lembro-me que nunca fui feliz apenas com o que tinha. Houve uma altura em que me aguentava, por ti. Mas bem, até a única coisa que eu tinha e dava valor se foi. Tu sabes que a vida e o mundo já não são os mesmos. TU vês, onde quer que estejas, tu vês. Tu matas a tua vista de saudades. E eu? não vejo. Tenho saudades. Podias ter pensado um pouco em mim também. Mas sê feliz.

Mas, desde à seis anos para cá, o buraco é tão negro e grande, o abismo é tão terrorífico.
Não sei o que é que preciso.

Bem vindo 2011.
Obrigado pelo que quer que seja que me estás a tentar ensinar com isto.

16 janeiro 2011

Zombie

Acho que o meu cérebro desligou na passagem de ano. Ou eu mudei. Ou qualquer coisa entre estas duas coisas aconteceu. Perdi-me no mundo e desliguei-me do pensamento. Quero escrever, porque me lembro da libertação que isso me dava. Quero tanto e não consigo. O ano é outro... acho que sou outro.. sou? eu estou feliz, eu estou bem, eu tenho um sorriso na cara e os dentes todos brancos à mostra. Mas esta é uma parte de mim, as letras, a escrita. Porque é que bloqueio quando vejo o abecedário? Perdi-me no caminho? Perdi o fio que ligava o que sou ao que quero ser? onde estou?
Eu sei que pedi mudança...mas...
sou tão estúpido.
se mudasse só um número eu ia questionar e desejar que tivesse mudado tudo.
mudou tudo.
e eu queria que fosse só um número.
han??pois, eu sei.