21 maio 2010

Crystalline Green

Pareces tão cristalino agora. Tão perfeito.
Tenho saudades, não tuas, mas de nós... do que éramos e tivemos.
Depois de ti só conto casos sem cor e relações negras. Será que fiz o errado?
Tenho tanto medo de perder o que importa com escolhas desacertadas.
Seguro-te com tanta força em mim, marcaste-me tanto.

E eu sei, sei com toda a minha saudade, e é isso que me dá forças. Sei que quando eu voltar à Green Hill, te vou ver com um copo meio cheio e meio vazio de um líquido verde, e que fisicamente nem vais reparar que estou ali, mas por dentro, vais abraçar-me, porque continuas aí, à minha espera. E eu de alguém como tu. Tenho pena que me tenhas desiludido tanto.

Acho que foste a única pessoa que amei, no verdadeiro sentido da palavra.
Acho que nunca te disse ao ouvido, ou olhos nos olhos, mas amei-te.
E ainda te amo.
E vou amar-te. A ti, ao verde, ao copo e às recordações. Porque ao contrário de tudo o que seria de esperar, eu estou a rir porque estou a lembrar-te, e estou com uma lágrima no canto do olho por sentir a tua falta.
E enquanto escrevia isto, e pensava no teu sorriso perto de mim, não me lembrei de mais nada, e foste o único, mas nunca solitário, morador dos meus pensamentos.

Amo-te.
Onde estás?
Onde nos perdemos?...

...porquê?

Goodbye, my perfect dream..

2 comentários:

  1. Há sonhos (e paixões) que temos de libertar para que não nos tornemos reféns de um passado que só nos fará viver em ilusão, como meros simulacros de vida!

    Quando a beleza (e a melancolia) se tornam belas. Adorei.

    Um abraço,

    Samuel Pimenta.

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  2. A questão muitas vezes é como os libertar. Eles podem voar tão alto, ir tão longe, e continuar presos a nós por correntes que não se vêem, mas que se sentem. Como os deixar voar, para podermos seguir o nosso caminho na Terra?

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