09 abril 2011

La Valse d'Amelie

Sabem quando vos dizem que a vida dá muitas voltas? Quando insistem vezes sem conta que ela tem altos e baixos? Ou melhor, quando dizem que às vezes por mais que queiramos usar a cabeça e ser racionais só conseguimos pensar com o que nos bate no peito? Pois, eu também não acreditava. Era daquelas coisas às quais eu era imune, daquelas coisas que só acontecem aos outros.
Bem, eu sou um outro aos olhos das outras pessoas.
A vida dá as voltas que precisa de dar, nessas voltas, vamos tendo momentos bons, outros menos bons, mas todos fazem parte da volta. Uma volta que só faz sentido se for completa, não ficar a meio só porque descobriu um lugar bom onde parar. A vida é para arriscar, e eu prendi-me tanto tempo com questões que não importam a ninguém, que deixei de arriscar, deixei de ousar.
É estranho... pensar que começo a sentir-me mais livre, agora, quando começo também a sentir-me mais preso (num bom sentido). Mas a verdade é que sinto. E surgiu tudo naturalmente, embora que provocado por decisões minhas.
Optei por cruzar a linha, e sair dos sítios onde já não tinha prazer de estar, descobrir outros.. e a partir daí, tenho um sorriso na cara mil vezes mais brilhante.
A vida acontece se nós a deixarmos acontecer, e escreve-se a si mesma, dependendo da quantidade de papel e da caneta que nós lhe damos.
Se ficarmos parados no mesmo sítio, à espera que ela aconteça, nunca nada vai acontecer. Se não lhe dermos papel, ela não vai ter onde escrever. Se não lhe dermos caneta, não vai ter com que se escrever.
Quando mais vivermos, mais vida vamos sentir.
E não viver por ter medo, é estar morto antes do coração deixar de bater.

(estou ciente que isto está um tanto ou quanto ao nível de Margarida Rebelo Pinto, mas foi um desabafo, e o que é certo, é que descobri que 'não há coincidências', se as coisas acontecem, é porque têm que acontecer.)

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