19 janeiro 2011

Satisfaction

É impossível, eu já sei. Sim, eu sei. Posso andar sempre na lua enquanto piso a terra, posso ser a personificação da distracção. Mas eu já sei. Já sei que nunca estou satisfeito, independentemente do que aconteça, nunca estou satisfeito.

Nestes dezassete anos, lembro-me que nunca fui feliz apenas com o que tinha. Houve uma altura em que me aguentava, por ti. Mas bem, até a única coisa que eu tinha e dava valor se foi. Tu sabes que a vida e o mundo já não são os mesmos. TU vês, onde quer que estejas, tu vês. Tu matas a tua vista de saudades. E eu? não vejo. Tenho saudades. Podias ter pensado um pouco em mim também. Mas sê feliz.

Mas, desde à seis anos para cá, o buraco é tão negro e grande, o abismo é tão terrorífico.
Não sei o que é que preciso.

Bem vindo 2011.
Obrigado pelo que quer que seja que me estás a tentar ensinar com isto.

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