15 outubro 2010

Fat Lip

Há qualquer coisa de sujo na maneira como amo.
Algo de porco na maneira como me chamo, e como me sinto. Qualquer coisa nojenta no meu toque e nauseabunda no meu cheiro. Qualquer coisa. Capaz de mudar tantas outras. ou capaz de não mudar nada.
Há qualquer coisa de podre num reino que não é meu. Num mundo inexplorado onde nunca ninguém viveu. Que eu vejo. e sinto. e cheiro.

Há qualquer coisa de morte na vida que me rodeia, e um pouco eternidade no tempo que me escasseia.

1 comentário:

  1. Que esse Sentir não te defina, que apenas te espreite como sombra passa e, se voltar, que não fique por muito tempo.
    As tuas palavras são sublimes, rapaz!

    Um abraço,

    Samuel Pimenta.

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