06 abril 2010

Start of Something Beautiful

Tudo... e nada.
não sei.
muito sinceramente, continuo sem perceber nada.
Devia estar apavorado mas não estou. O pânico foge-me por entre os dedos, enquanto tento agarrar a vida.
Gostava de estar a sorrir, gostava de estar a chorar, a tremer... Gostava de ter alguma reacção.
Tudo menos o estado apático em que me encontro.
À minha frente... um beco sem saída. Não vejo cruzamentos, não vejo uma auto-estrada. Só um beco que termina numa grossa parede de tijolo. Sem saída. O fim. De tudo... ou de nada.
Tenho olhos mas parece que já não vejo. E por outras vezes, parece que vejo de mais, com todos os sentidos que me pertencem.
Talvez todo este estado sem sal nem açúcar, todo este meio termo seco, todo este irritante mastigar de sentimentos acabe assim que puder engolir os resultados. mas e se eles forem arsénico?
Tudo está a mudar... Sinto que vem aí uma vida nova. Resta saber se é neste mundo.
Os ventos sopram-me na cara e contam-me segredos ao ouvido, dizem-me que está tudo bem, e por isso não me tenho preocupado. Também os ouço aos risinhos sobre o amor, mas nada me parece florir desse campo de risos.
Pessoas vão entrando, outras saindo. A vida é tão instável que o que agora no começo não parece nada, se pode transformar em algo que nunca imaginámos.
E com vãs esperanças de um futuro vou continuando, sorrindo e chorando na minha inexpressão... Desejando que isto seja O Começo de Algo Belíssimo.

2 comentários:

  1. Em tempos escrevi isto... este teu post lembrou deste meu poema:

    "Sou nada,
    simplesmente nada,
    quase nada...

    Vivo entre o abismo do caos e do amor
    onde o tempo desespera e clama
    por ajuda, atenção, carinho; com rancor
    pragueja maldosamente a sua vida.

    Sou quase nada,
    grão infinitezimal de areia
    perdido entre luxúria e maldade.

    Sou nada,
    simplesmente nada,
    quase nada...

    Tudo."

    Ser humano é ser paradoxal!

    Um abraço,

    Samuel Pimenta.

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  2. nao sabia sequer que este blog existia... nao tinha percebido sequer que eu existia... porque e que o ser humano tem de ser paradoxal? porque e que nao e possivel esquecer tudo o que nos acontece no dia anterior e comecarmos todos os dias um dia novo? porque e que nos sentimos sempre na obrigacao ou necessidade de nos respondermos ao porque de fazer o que fizemos? do que faremos amanha? ou o que teriamos feito se. . . ? sera que nao conseguimos passar a ser de uma vez por todas "nada" ou "absolutamente nada" para que um dia consigamos ser tudo. . . . .? estou farta de nao responder a isto e cada vez me sentir mais longe das respostas.

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