03 novembro 2009

Quem será, será...

trás, frente, trás, frente

Vai, volta, vai, volta... é sempre assim. É o embalador ritmo que envolve a vida, que nos transporta ao sonho e deixa tudo assim no intermédio, na realidade e no sonho. Tu também és assim. Existes, és real, mas a nossa relação é sonho. E tu vais, fisicamente, mas voltas, e vais, e voltas... no entanto, dentro de mim, desde que vieste, nunca mais voltaste para onde quer que seja que pertenças.

esquerda, direita, esquerda, direita

Andas, de um lado para o outro, no mesmo ritmo paciente a que me habituaste. Sorris, olhas, disfarças, mascaras, tocas e foges. Como quem tem medo. Como quem é culpado. Como quem comete um crime. Não consegue resistir ao pecado. Se é esse o caso, peço-te que não resistas... não quero que resistas, porque o pecado visto daqui parece óptimo de ser cometido.

esquerda passo, direita passo, esquerda passo, direita passo

Avanças, a medo, como que não deseja. Como quem não sente. Agarras suavemente, como quem está a ser levado, quando no fundo, és tu que me levas. Guias-me. Fazes-me sonhar. Este ritmo já me faz ficar confuso. Já confundo o sonho com o real... Será que me agarraste mesmo?

Valsa, valsa, valsa, valsa

De repente, está tudo a rodar à minha volta. Tu estás a minha frente. Com um sorriso sem medos, sem receios ou preocupações. Com o sorriso que eu fixei, no primeiro dia em que o sonho começou. Vem dar voltas comigo. Toma o controlo e puxa-me, para que eu fique de frente para a janela. Vem...

Dás-me o prazer desta dança?
[a dança da minha vida, que eu quero que seja contigo]

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