06 agosto 2010

Love is a Loosing Game

Quem é que se importa com o jogo? Hoje em dia, tudo gira em volta do resultado final. Ganhar acima de tudo. Por isso é que o amor morreu, se é que algum dia a humanidade o segurou vivo. O amor, é um estilo de poker, em que realmente nos preocupamos com o que podemos perder. O banco não pode simplesmente fazer-nos o empréstimo de um sorriso, ou de um coração. Tentamos escapar ao jogo, através de pequenos jogos mais inofensivos que só fazem pior. E nem nos apercebemos que já estamos a jogar, quer queiramos quer não. Porque ao contrário do que dizem, ao contrário do que a Amy vai cantando entre o whisky e a coca, a rehab e a sobriedade... Não é o amor que é um jogo de azar, um jogo de derrota. É a vida.
E nós somos cegos. Vivos. Cegos. E continuamos a jogar sem saber, inconscientemente viciados. Numa adicção que não é a nossa, sem controlo, porque só queremos jogar, não importa o quê. Queremos jogar. Porque um dia alguém disse que temos de viver, porque um dia alguém nos colocou na cabeça que morrer é mau.
Porque é que a morte é sempre um estado pós-vida, e não é a vida que é um estado pré-morte?
É o mundo. Somos nós. Viciados. Vivemos com um sorriso o nosso vício enquanto descriminamos quem se vícia dentro do próprio vício. Somos tão grandes dentro das nossas colmeias, e tão pequeninos em toda a floresta.
É o mundo.
Continuamos a jogar os dados, a virar as cartas, a um ritmo alucinante. Continuamos - a cada jogada - a acreditar que pode ser o nosso jogo de sorte. Todos os dias é assim. Todos os dias tentamos e todos os dias falhamos.
Todos os dias viramos cartas e todos os dias nos desiludimos porque não é o nosso Royal Straight Flush. E nem percebemos que devemos ficar felizes, se tivermos a rara sorte, de termos um pair.


[as minhas cartas e os dados estão no chão para quem as quiser apanhar... até daqui a uns dias. o meu casino vai fechar para obras. Finalmente, o meu suicídio durante uma semana. Play ya later.]

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