25 junho 2009

Unintended

Sou um incompreendido, mas ao mesmo tempo incompreensível. Não compreendo a vida, nem ela me compreende a mim. É-me difícil perceber o porquê de tudo ser tão duro e complicado. Não consigo entender, talvez nunca o vá conseguir...
Porque é que a vida nos tira as pessoas mais importantes? Logo nos piores momentos. Ou pior que isso, nos dá um prazo para estarmos com a pessoa. Uma espécie de prazo de validade, e se não aproveitarmos bem o tempo, quando chegar o dia, não obtemos outra oportunidade. A vida é cruel, ainda mais cruel que a morte.
Porque é que nos vais abandonar assim? Porque é que tem de ser? Pior do que sermos surpreendidos com uma partida, é saber dessa partida seis meses antes. Toda a antecipação traz o triplo da dor. Não quero que vás, nunca. Não estou preparado para te deixar ir. Por mais crescido que esteja, quero perder-me nos teus braços e sentir-me a criança que outrora fui, quero tocar-te na careca e fingir que fiz um feitiço para te crescer o cabelo, quero passear contigo e largar-me da tua mão protectora para correr na tua frente. Para isto, preciso de ti. Fazes parte da minha vida, marcaste essencialmente a minha infância... e eu não estou preparado para a deixar voar.
Não quero que vás. Deixem-no ficar, por mim, pela criança dentro de mim, pelo meu riso...

amo-te.

[se perguntarem por mim, digam que me perdi nas recordações, mais apetecíveis que o presente]

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